O Ministério da Agricultura e Pecuária encaminhou à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), ao final desta quinta-feira (25/7), relatório que comunica o encerramento do foco de doença de Newcastle no Rio Grande do Sul.
O documento informa que a investigação epidemiológica conduzida pelo Serviço Veterinário Oficial nas áreas de perifoco (a três quilômetros do foco) e de vigilância (a dez quilômetros do foco) não identificou nenhum animal com sinais clínicos compatíveis com a doença de Newcastle.
A reportagem da Vang FM ouviu nesta semana, a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDA/Seapi), Rosane Collares. Ela explicou sobre todos os procedimentos adotados para o caso da doença, localiza em aves de corte, em granja de aves no município de Anta Gorda, há 83 km de Marau RS.
Nós adotamos duas medidas importantes quando foi confirmada a doença: a finalização da desinfecção da propriedade positiva e o avanço da vigilância no raio de três e dez quilômetros, ações conduzidas pela Secretaria. O cenário que encontramos lá deu a segurança técnica para essa tomada de decisão", destacou.
Foram visitadas 858 propriedades com granjas comerciais e de criações de subsistência, no raio de 10 km a partir do foco em Anto Gorda. Outra medida realizada foi a formação de barreiras sanitárias, com a desinfecção de veículos que transportam os animais, ração, camas aviárias e outros produtos que possam ser vetores do vírus.
Após análise laboratorial, foi constatada que a doença de Newcastle que atingiu aves em Anta Gorda, é uma variante da doença, que se origina em pombos. A Variante do vírus ocorre mais em pombos. Neste caso especifico de Anta Gorda, diagnosticamos que era essa variante. Então em algum momento houve o contato deste criatório ou com pombos ou dejetos de pombos que acabaram contaminando essas aves de corte”, explicou a diretora.
Ainda durante a entrevista à emissora, Rosane Collares trouxe orientações importantes aos criadores de aves: “Toda oferta de comida fácil é um atrativo para os animais de vida livre. Então o ideal é sempre recolher o alimento excedente para que isso não seja atrativo às aves de corte. Outra medida importante, é sempre notificar os técnicos agropecuários que acompanham o lote, ou a Inspetoria de Defesa Agropecuária da região, sobre qualquer sintoma incomum nos animais. Nós temos a orientação, desde a época da disseminação da Influenza, de tolerância zero. Então todas as notificações de alteração de comportamento, sinais nervosos ou respiratórios em aves, precisam ser considerados”, ressaltou.
