Após dois dias de plenário, uma professora acusada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) foi condenada no final da noite de terça-feira, dia 25 de março, a 26 anos de prisão pelo Tribunal do Júri de São José do Ouro. Ela foi a mandante da morte do ex-companheiro e, os três executores contratados por ela, também foram sentenciados, com penas de, respectivamente, 23 anos e seis meses; 20 anos; e 17 anos de reclusão. Eles também tiveram de pagar multa, além de R$ 50 mil como reparação de danos aos familiares da vítima.
Atuaram no júri, pelo MPRS, os promotores de Justiça Damasio Sobiesiak, que fez a denúncia deste caso e designado pelo Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ) da instiuição, e Rodrigo Bley Santos, titular da Promotoria da Comarca. Os quatro foram condenados pela morte de Célio Miola, fato ocorrido em 27 de fevereiro de 2022, no município do Norte do Estado. Houve um homicídio qualificado por motivo fútil, mediante promessa de pagamento, dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima, além do crime conexo de porte ilegal de arma de fogo. Três réus já se encontravam no sistema prisional desde a data dos fatos e o quarto que, que respondia em liberdade, foi preso em plenário após a leitura da sentença, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determina o cumprimento imediato da pena em casos como este.
O CRIME
Conforme a denúncia do MPRS, três criminosos de fora da cidade, contratados pela ré, se passaram por pessoas interessadas em móveis, entraram na casa da mulher e simularam um assalto. Ela havia convidado a vítima, dissimuladamente, para um ‘café da manhã’, dois dias depois de terem terminado o relacionamento. Célio Miola foi obrigado a ficar de joelhos, no banheiro da casa, foi-lhe retirada a carteira e o telefone celular, exigida a senha deste, a qual foi anotada na mão da ex-companheira e, uma vez desbloqueado o aparelho, ela determinou a execução da vítima, que foi abatida com um tiro na nuca e outro no ombro.
A condenada pagou R$ 3 mil para cada um dos executores pelo assassinato. A motivação do crime está ligada ao descontentamento da ex-companheira da vítima com o término da relação.
